O GOVERNO MUNDIAL

Prof. Marcos Coimbra

Professor Titular de Economia na Universidade Candido Mendes, Professor na UERJ e Conselheiro da ESG

Artigo publicado em 07.06.2001 no Monitor Mercantil

O Brasil corre sério risco. Talvez o mais grave de sua história. Existe claramente em ação a estratégia imposta pelos "donos do mundo", os detentores do capital transnacional, líderes do sistema financeiro internacional, para progressivamente implantar um governo mundial, em especial na nossa Pátria. As etapas do processo estão claramente delimitadas, em linhas gerais. De início, a adoção da "globalização", nova denominação do "neocolonialismo", partindo dos países centrais para a periferia, com o domínio da expressão econômica do Poder Nacional, através da imposição dos ditames dos organismos internacionais: FMI, OMC, Banco Mundial, BID e outros. Abertura da economia, com eliminação de barreiras protecionistas, adoção da lei de patentes, inclusive com efeito retroativo, privatização selvagem, para transferir o patrimônio real das nações menos desenvolvidas para os detentores do "papel pintado", controle da inflação, para garantia do retorno das suas aplicações de capital e outras. A seguir, o total controle dos meios de comunicação de massa, seja através da colocação de pessoas de confiança, os "testas-de-ferro", até a participação via indireta no comando das empresas de jornalismo, ou emprestando-lhes moeda para mantê-los dependentes ou simplesmente remunerando regiamente os principais formadores de opinião e jornalistas famosos, montando a chamada "mídia amestrada". Agora, já se discute a participação direta de estrangeiros no controle dos meios de comunicação no Brasil. A dominação indireta já existe, inclusive com ações de poderosas redes de comunicação sendo vendidas no exterior.

Em paralelo, atuam através da criação de inúmeras ONGs, financiadas pelo exterior, sem qualquer controle, com dirigentes percebendo salários invejáveis (média de R$ 15.000,00 mensais), sem prestar contas a ninguém e com recursos vultosos para colocar suas mensagens na imprensa, objetivando fabricar a chamada "opinião publicada". Falam em nome do povo (sociedade civil), sem procuração. Trabalham incansavelmente para destruir as Instituições Nacionais: Família, Igreja, Estado, Escola, Empresa. Procuram demolir o Estado Nacional Soberano, minimizar a importância da Igreja, desmoralizar os princípios e valores fundamentais da Família, da Escola e da Empresa. Defendem o sucateamento das Forças Armadas, procurando subtrair-lhes quaisquer possibilidades de cumprir suas missões constitucionais. Tudo isto é feito em vários países simultaneamente, no mundo inteiro. Para isto criam organizações para cooptar lideranças políticas existentes, para propiciar-lhes meios de assumir o Poder constitucionalmente e administrar segundo as suas determinações.

Nas Américas, foi criado em 1982 o Diálogo Interamericano, cujo site pode ser acessado via Internet por qualquer interessado (http://www.iadialog.org). Os inocentes úteis que persistem em tentar ridicularizar o fato dizendo que "isto é bobagem, fruto da teoria da conspiração", podem acessá-lo e verificar inclusive seus integrantes e principais financiadores. É de estarrecer! O famoso Consenso de Washington, de 1988, é apenas uma derivação do Diálogo. Não é coincidência que a mesma política neoliberal seja adotada por países como a Argentina, Brasil, Chile, Peru e outros. Em todos eles foi imposta a criação do ministério da Defesa, para o "controle civil dos militares", por exemplo, bem como a privatização de setores estratégicos como comunicações, energia, água, vitais para o sucesso no terceiro milênio. E todos estes países estão sendo administrados por seus representantes. O Peru acaba de eleger um ex-funcionário do Banco Mundial.

No Brasil, a estratégia está sendo implementada com êxito e rapidamente, por meio da administração FHC, legítima representante dos interesses alienígenas, não fosse o presidente FHC membro fundador do Diálogo Interamericano. Em 1997, em visita à Inglaterra, "FHC se comprometeu com o príncipe Philip a destinar 10% do território brasileiro para unidades de conservação ambiental, de acordo com o ideário imposto na África pelas ONGs britânicas". Em entrevista à revista alemã "Der Spiegel", em 15 NOV 99, FHC se pronunciou favorável à criação de um "tribunal internacional para o castigo dos crimes universais, como os praticados contra os direitos humanos e o meio ambiente". Neste contexto, fica evidente a razão do envio ao Congresso da "lei do desarmamento da população digna e de bons costumes" pelo próprio presidente, através de seu ex-líder, o ex-senador José Roberto Arruda, agora substituído na triste missão pelo senador Renan Calheiros, atendendo às instruções do Movimento Viva Rio, representante no país da IANSA, bem como a indiferença, o descaso e o deboche com que ele trata as Forças Armadas. É a preparação para a entrega do território nacional, em especial a Amazônia, para os estrangeiros. Representa o fiel cumprimento das ordens recebidas do exterior. E a mídia amestrada continua a exercer um dos mais sórdidos papéis da história do Brasil, pois sabe de tudo isto e nada denuncia. São cúmplices dos partidários de Joaquim Silvério dos Reis. Não adianta proibir a posse de armas de fogo. Quem quiser praticar a violência, vai utilizar outro objeto, como facas, bastões ou até mesmo pedras. Como estão acontecendo incidentes com praticantes mal formados de artes marciais, daqui a pouco vão querer proibir também a sua prática. Fica o alerta para todos os brasileiros. Caso aprovada esta medida tresloucada de proibição de venda, propriedade e posse de armas de fogo, por imposição externa, com a utilização de ONGs e manipulação dos meios de comunicação por políticos que possuem a sua segurança garantida por dezenas de ferozes guarda-costas, outras virão. São capazes de proibir até o canto do Hino Nacional Brasileiro, substituído pelo dos seus financiadores. E aí, quem defenderá a Amazônia? Vão tentar iludir os militares, afirmando que o melhor para o país será uma administração compartilhada da região. Afinal, não adianta resistir. É mais prudente se entregar.

Mas, temos a certeza de que nenhum membro das Forças Armadas irá obedecer a qualquer diretriz para a região amazônica, emanada de forças externas, como o Fundo Mundial da Natureza (WWF) do príncipe Philip, acatando a "agenda verde" da Casa de Windsor.

Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

Site: www.brasilsoberano.com.br