DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO II

 

Artigo publicado em 06/07/2017 - Monitor Mercantil

 

Economista Marcos Coimbra, Professor, Assessor Especial da Presidência da ADESG, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

O cidadão brasileiro é tiranizado pela ditadura do politicamente correto, imposta por minorias atuantes, que avançam em face da passividade da maioria silenciosa do povo. Chega ao cúmulo de termos que exercer a autocensura, com receio de sermos “linchados” moral e penalmente pelos patrulheiros  “xiitas”, acostumados a exercer a tirania sobre o cidadão. O artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” parece ter sido anulado.

         O direito constitucional de liberdade de expressão torna-se letra morta, pois, caso algum cidadão divirja das “regras” impostas pelos radicais fiscais das “minorias”, será punido severamente. Um dos exemplos mais marcantes foi a ação empreendida no sentido de censurar a obra do genial escritor Monteiro Lobato, autor predileto da criançada do século passado, responsável pelo hábito de leitura de milhões de brasileiros.

E ai de quem se atreva a matar um jacaré em defesa de sua família. Será preso sem direito a fiança e punido com uma severa pena. Já assaltar e matar, a estória passa a ser outra. Existem vários criminosos condenados a dezenas de anos de prisão, os quais, após alguns poucos anos de reclusão, são liberados e voltam a delinquir.

         Os ativistas de diversas destas ditas minorias são altamente agressivos não aceitando o direito dos cidadãos de pensar de um modo diferente, ameaçando-os de enquadramento nas diversas “leis” impostas por eles e aceitas pelos congressistas passivos, ansiosos por agradar aos “formadores de opinião”, adeptos de práticas e comportamentos repudiados pela maioria do povo brasileiro. Um exemplo claro deste procedimento é a questão da descriminalização da droga, defendida por figuras de relevo do meio artístico e até mesmo político, em causa própria, ou de parentes próximos, respaldados por uma ofensiva internacional envolvendo interesses de entidades, grupos e agentes interessados em negócios bilionários. Afinal, qual a razão do Sr. George Soros defender a liberalização das drogas? São bilhões de dólares movimentados anualmente, possibilitando uma expressiva “lavagem de dinheiro”.

         Na Segurança, entidades ditas defensoras de “direitos humanos” vão progressivamente demonizando as forças policiais, de modo a inviabilizar sua ação de contenção de hordas de vândalos, a maioria treinada por grupos  inclusive do exterior, muitos dos quais subvencionados direta ou indiretamente por ONGs e até mesmo por órgãos governamentais da administração direta e indireta. O policial quando é convocado vai para a missão como um boi para o matadouro. Além do grande risco de ser morto pelos marginais detentores de armamento mais sofisticado, caso reaja, em legítima defesa, passa a ser perseguido por hordas de ONGs defensoras de “direitos humanos para bandidos”, apoiados em batalhões de advogados e pela mídia amestrada, a qual condena o policial de antemão e vitimiza o marginal, o qual se protege atrás de mulheres e crianças em tiroteios.

Na maior parte das manifestações realizadas, inicialmente pacíficas, hordas de bárbaros assumem a liderança dos movimentos, promovendo toda sorte de crimes, seja de ordem pessoal ou patrimonial, depredando lojas, agências bancárias, prédios públicos, obras de arte, quando não saqueiam o comércio, roubando bens de toda espécie.

         Os vândalos são protegidos por advogados militantes e também pela atuação de integrantes de “mídias alternativas”, os quais simplesmente proíbem a ação da imprensa tradicional e divulgam imagens distorcidas dos acontecimentos, de modo engajado, de forma a inibir a ação policial de manutenção da lei e da ordem, em proveito da anarquia e da baderna generalizada. Chegamos ao cúmulo de assistir rotineiramente grupos de pessoas impedindo o trânsito nas principais artérias do centro da cidade do Rio por muitas horas, ocasionando engarrafamentos monstruosos, com prejuízos a centenas de milhares de cidadãos pagadores de impostos. Ora, o direito constitucional de ir e vir não é menos importante do que o de liberdade de expressão. Também deve ser respeitado.

         Ativistas invadem próprios públicos, em nome de bandeiras até corretas, porém de modo ilegal. Contudo, a Justiça, em primeira instância, geralmente nega a reintegração de posse solicitada pelas autoridades, em nome de princípios deletérios, referendando assim a violência cometida, apesar da ressalva de que o poder público deveria coibir os delitos cometidos. Até Hospitais sofrem ameaça de invasão.  Os agentes policiais omitem-se com receio de serem processados e punidos por qualquer ação empreendida, considerando-se o histórico recente de “vitimização” de criminosos e “criminalização” dos integrantes das forças policiais, estrategicamente aplicada por grupos interessados em coibir qualquer tentativa de contenção dos excessos delituosos cometidos por profissionais radicais, em franco preparativo para ações de insurreição. Em alguns Estados da Federação, como no Rio de Janeiro, vive-se uma verdadeira “guerra híbrida”, com a ampliação do poder de poderosas quadrilhas de narcotraficantes, que possuem abrangência nacional, sem que haja uma reação a altura por parte das autoridades constituídas.