A DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO

Artigo publicado em  22.08.13-MM

Prof. Marcos Coimbra

Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.

         O cidadão brasileiro é tiranizado hodiernamente pela ditadura do politicamente correto, imposta por minorias atuantes, que avançam em face da passividade da maioria silenciosa do povo. Chega ao cúmulo de termos que exercer a autocensura, com receio de sermos “linchados” moralmente e penalmente pelos patrulheiros ativistas “xiitas”, acostumados a exercer a tirania sobre o cidadão.

         O direito constitucional de liberdade de expressão torna-se letra morta, pois, caso algum cidadão divirja das “regras” impostas pelos radicais fiscais das “minorias”, será punido severamente. Um dos exemplos mais marcantes foi a ação empreendida no sentido de censurar a obra do genial escritor Monteiro Lobato, autor predileto da criançada do século passado, responsável pelo hábito de leitura de milhões de brasileiros.

E ai de quem se atreva a matar um jacaré em defesa de sua família. Será preso sem direito a fiança e punido com uma severa pena. Já assaltar e matar, a estória passa a ser outra. Existem vários criminosos condenados a dezenas de anos de prisão, os quais, após alguns poucos anos de reclusão, são liberados e voltam a delinquir.

         Os ativistas de diversas destas ditas minorias são altamente agressivos não aceitando o direito dos cidadãos de pensar de um modo diferente, ameaçando-os de enquadramento nas diversas “leis” impostas por eles e aceitas pelos congressistas passivos, ansiosos por agradar aos “formadores de opinião”, adeptos de práticas e comportamentos repudiados pela maioria do povo brasileiro. Um exemplo claro deste procedimento é a questão da descriminalização da droga, defendida por figuras de relevo do meio artístico e até mesmo político, em causa própria, ou de parentes próximos, respaldados por uma ofensiva internacional envolvendo interesses de entidades, grupos e agentes interessados em negócios bilionários. Afinal, qual a razão do Sr. George Soros defender a liberalização das drogas?

         Na Segurança, entidades ditas defensoras dos “direitos humanos” vão progressivamente demonizando as forças policiais, de modo a inviabilizar sua ação de contenção de hordas de vândalos, a maioria treinada por grupos terroristas, inclusive do exterior, muitos dos quais subvencionados direta ou indiretamente por ONGs e até mesmo por órgãos governamentais da administração direta e indireta.

O principal líder das manifestações contra o governador de São Paulo é um assessor do PT, regiamente remunerado, inclusive formado em Direito. Na maior parte das manifestações, inicialmente pacíficas, estas hordas de bárbaros assumem a liderança dos movimentos, promovendo toda sorte de crimes, seja de ordem pessoal ou patrimonial, depredando lojas, agências bancárias, prédios públicos, obras de arte, quando não saqueiam o comércio, roubando bens de toda espécie.

         Os vândalos são protegidos por advogados militantes e também pela atuação de integrantes de “mídias alternativas”, os quais simplesmente proíbem a ação da imprensa tradicional e divulgam imagens distorcidas dos acontecimentos, de modo engajado, de forma a inibir a ação policial de manutenção da lei e da ordem, em proveito da anarquia e da baderna generalizada. Chegamos ao cúmulo de assistir recentemente um grupo de cerca de duzentas pessoas impedindo o trânsito nas principais artérias do centro da cidade do Rio de Janeiro por sete horas, ocasionando engarrafamentos monstruosos, com prejuízos a centenas de milhares de cidadãos pagadores de impostos. Ora, o direito constitucional de ir e vir não é menos importante do que o de liberdade de expressão. Também deve ser respeitado.

         Cerca de dez ativistas invadiram a Câmara de Vereadores, em nome de uma bandeira correta, porém de modo ilegal. Contudo, a Justiça, em primeira instância, negou a reintegração de posse solicitada pela mesa diretora do Legislativo municipal, sob o argumento de que "as casas legislativas são do povo", referendando assim a violência cometida, apesar da ressalva de que o poder público deveria coibir os delitos cometidos. Até Hospital sofre ameaça de invasão.  Ora, a polícia omite-se com receio de serem processadas e punidas por qualquer ação empreendida, considerando-se o histórico recente de “vitimização” de criminosos e “criminalização” dos integrantes das forças policiais, estrategicamente aplicado por grupos interessados em coibir qualquer tentativa de contenção dos excessos delituosos cometidos por profissionais radicais.

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